Outsourcing e proteção de dados: cinco estratégias que toda empresa de tecnologia precisa considerar
Nos últimos anos, o modelo de trabalho em outsourcing tem ganhando cada vez mais defensores…
Em uma época focada na eficiência como no início do século XX, em que as industrias precisavam produzir mais e mais na linha de produção, em que um determinado material passava por um estágio em que preparava a futura peça para o estágio seguinte, os trabalhadores eram limitados a uma rotina simples de atividades. Desta forma, quem “colocava a mão na massa” seguia a orientação de quem tomava as decisões sobre o que e como fazer.
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Com a evolução industrial e a multiplicação dos campos de atuação, este modelo torna-se defasado e obsoleto, já que não se mostrava tão eficiente em atividades fora do âmbito puramente industrial.
Logo surgem teorias e métodos de produção e trabalho focados em aumentar a eficiência dos gestores, por acreditar que eles teriam o necessário para otimizar os processos e que a partir da orientação deles, os executores atingiriam a excelência.
Com a constante evolução em todos os aspectos, não somente para capacitar “quem mandava” deixou “quem fazia” em alto estágio de dependência, revelando problemas em relação a criação de hierarquias desnecessárias, tomada de decisões lentas, entre outros entraves, que deixavam trabalhadores operacionais fora do processo de busca da eficiência e crescimento.
A terceira geração dos modelos de gestão focada em agilidade, uma maior independência das equipes de produção. A autonomia dos times é aumentada, e sua capacidade de se auto organizar em busca de objetivos e metas estabelecidos de forma colaborativa, isso quer dizer que, a visão do Líder/Organização em o que se espera é discutida com todo grupo onde estes podem colaborar na construção do “como”.
A presença do gestor permanece, mas o gerenciamento torna-se responsabilidade do grupo e grupos são formados por pessoas, logo, o foco vai para a maneira como as pessoas se relacionam e se sentem em relação ao trabalho, ambos respeitando as barreiras das responsabilidades de cada grupo…
O Management 3.0 – termo criado por um holandês, Jurgen Appelo, em seu livro de mesmo nome, trata desta nova maneira de atuar de gestores e lideres e teve seu campo fértil na área da Tecnologia da Informação, e agora vem se espalhando por outros campos de atuação no mundo corporativo com a mudança na forma com que as equipes se organizam e desenvolvem seu trabalho.
Este modelo prega a mudança no comportamento do gestor. Ele deve tornar o ambiente “confortável” aos executores visando a melhoria da produção. Se anteriormente ele ditava regras e detalhes sobre como a equipe deveria se portar, hoje ele deve focar em maneiras que incentivem o time a trabalhar, respeitando algumas restrições, para que se chegue a um resultado definido. Assim os participantes terão espaços maiores para atuar em busca do ambiente ideal de trabalho.
O Mangement 3.0 instiga as empresas a repensarem a própria estrutura, tornar os processos mais produtivos, com a implantação de técnicas e ideias que ajudam a energizar as pessoas (motivação, criatividade, atitude), empoderar times (auto-organização, autonomia, confiança por parte dos gestores), alinhar restrições organizacionais (alinhamento de interesses, engajamento, foco), desenvolver competências (autossuficiência, capacitação, evolução das pessoas). Abaixo temos a imagem clássica difundida pelo livro: Leading Agile Developers Developing Agile Leaders, de Appelo Jurgen.
Times devem ser auto organizados, mas para isso será necessário empoderamento, autonomia e confiança dos gestores.
As restrições sempre são importantes para guiar e alinhar o interesse de todos os envolvidos. Visto que, por mais engajadas que as pessoas estejam, se o foco não for único, toda ação tomada pode não atender o objetivo proposto.
O time deve ser auto organizado e também autossuficiente, ou seja, preparar e evoluir as pessoas deve ser uma prioridade.
Toda organização deseja crescer, no Management 3.0 isso não é diferente. Porém o crescimento deve ser consciente e com foco na qualidade do ambiente colaborativo.
Melhoria contínua deve ser lei, ou seja, a receita do sucesso vai ser errar e aprender com os erros, dessa maneira não tem como não atingir os objetivos e metas.
Trata-se de uma ideia, um modelo ou forma de pensar “Mindset” da gestão, transformando o local de trabalho em um ambiente transparente e colaborativo, dando condições para que cada um tome suas decisões e assuma a responsabilidade por elas. A atuação deve ser multidisciplinar, ou seja, o indivíduo não deve apenas realizar o que lhe foi proposto ou somente aquilo a que ele se propõe, criando-se um ambiente a que o colaborar possa atuar da melhor maneira possível e estando feliz com isso.
Aprender com os erros e procurar melhorar sempre deve ser uma regra. A estrutura deve crescer, mas conscientemente, sem causar prejuízos à qualidade do ambiente corporativo. Trata-se de otimizar processos e motivar trabalhadores tornado tudo mais produtivo.
Mas, atenção: não há uma maneira de simplesmente se implantar o método Management 3.0 em uma empresa. Não se trata de um modelo fixo. O próprio conceito permite e até favorece a flexibilização. Cabe ao gestor entender essa prática e como ela pode ser utilizada de acordo com as características de sua empresa.
*David Santos é Diretor Executivo e CEO da IT Services, uma empresa do grupo DB1
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