Outsourcing e proteção de dados: cinco estratégias que toda empresa de tecnologia precisa considerar
Nos últimos anos, o modelo de trabalho em outsourcing tem ganhando cada vez mais defensores…
Diariamente somos bombardeados com uma carga muito alta de informações e isso requer, cada vez mais, que sejamos seletivos para reconhecer principalmente onde não faz sentido investir tempo. A habilidade de focarmos no que realmente é importante está diretamente relacionada com sabermos quando devemos dizer não.
Daí a pergunta: Como saber a que devo dar atenção nesse momento?
É sobre isso que trataremos neste artigo.
Perceba que um carro tem um painel de indicadores e um grande avião tem outro. As informações e indicadores estão expostas à frente de quem os controla, mas elas são diferentes. Isso acontece por que a necessidade de controlar e gerenciar um avião é diferente do que é preciso para controlar e gerenciar um carro.
Se parar para pensar mais sobre isso, perceberá que enquanto estiver tudo bem e estável, nenhuma luz estranha se acenderá, ou mesmo nenhum alerta sonoro será emitido. Tais analogias foram aplicadas para que fossem comparadas com o dia a dia de um gestor controlando sua área.
Uma ideia sobre níveis de gestão é importante antes de seguirmos com a discussão das informações.
Presidentes, sócios, diretores e superintendentes são cargos atuantes na estratégia da empresa. Com uma visão empreendedora, tem como responsabilidade de dizer o porquê e quando se precisa fazer. Normalmente eles respondem por uma empresa ou unidade.
Gerentes, Coordenadores e outros com uma visão direcionada a uma área da empresa, atuam taticamente respondendo como e onde sua área deve atuar nesse momento para que a estratégia da empresa seja alcançada.
Na operação da empresa é onde são executadas as ações e tarefas para que a tática seja alcançada e consequentemente a estratégia também. O que devemos fazer é a pergunta que a operação deve responder limitando-se a parte de contribuição que lhe é cabida.
Para que esses níveis funcionem em sinergia, todos os esforços devem apontar para a estratégia da empresa, mas de uma forma diferente, pois cada nível de gestão tem o seu valor e cada parte deve contribuir para que o todo seja atingido.
Por isso, devemos, em níveis informacionais, entender quais informações cada nível de gestão precisa para se guiar e ter a certeza de que estão indo para a direção certa e na velocidade necessária.
Normalmente, o modelo de construção de um plano, parte do topo da pirâmide, com indicadores mais resumidos e segue até a base da pirâmide se estratificando.
Quando gerenciamos ou controlamos uma empresa, área, projeto ou time deveríamos saber onde queremos chegar e quais as trajetórias que nos levam a tal lugar, de uma forma simples, usar indicadores é importante para entender o ponto atual e se estamos caminhando para o lado que queremos chegar. Portanto, corroborando com William Edwards Deming “o que não pode ser medido, não pode ser gerenciado”, e nas definições de estratégia, devemos pensar em como medir se estamos progredindo em direção ao alvo.
Dentro da estratégia de indicadores é importante decidir o que será controlado em cada nível e é neste tópico que exploraremos alguns conceitos contábeis, tendo como Materialidade ou Relevância que o custo-benefício da informação deve valer a pena, assim informações de baixo valor para tomada de decisão não devem ter investimento para elas, em termos práticos, devemos entender quais decisões tomaremos embasados naquela informação e se os resultados dessas decisões são compensatórios em relação ao custo da apuração de tal informação.
São informações personalizadas para o tomador de decisão, sendo assim, os boards de informações, níveis de estratificação, disposição, correlações e relatórios, devem ser montados de acordo com o mapa mental do tomador de decisão, pois o objetivo é embasar a decisão, melhorando a assertividade e velocidade.
Outro princípio contábil é a oportunidade que menciona que uma informação só tem valor se for tempestiva e íntegra. Diante disso, para embasar decisões assertivas a informação deve estar atualizada e clara em tempo do processo decisório.
A frequência de cada informação também deve ser considerada no contexto de estratégia informacional. Essa frequência pode ser revisitada dependendo da importância e sensibilidade dessa informação: Informações que mudam todos os dias e tem uma alta relevância precisam ser acompanhadas com maior frequência, por exemplo, horas faturadas com acompanhamento diário; resultado mensal que é muito importante, mas depende de um fechamento pode seguir um acompanhamento da evolução mensal; como esses exemplos existem muitos outros necessitando ser apurados e controlados em frequências semanais, trimestrais, em tempo real. Cabe ao tomador de decisão definir.
Quem deve ter acesso a informações também é algo a ser considerado, por exemplo, seu time não terá acesso a indicadores salariais dos demais integrantes, mas informações de indicadores operacionais que dependem deles para serem melhoradas, é uma opção para que eles tenham visão e acompanhamento e façam parte das ações para a melhoria desses números.
São muitas as variáveis e contextos que devem ser considerados para a utilização dos indicadores, pois muitas vezes a informação não será precisa, nem em tempo real, nem automatizada, ou em um sistema gerencial. Então, considere o bom senso, faça experimentações de modelos de apuração e acompanhamento e trabalhe em melhoria contínua, mas mesmo que não seja a melhor versão ainda, não deixe de medir as ações.
Diante disso, pode-se concluir que: se não está sendo medido, não está sendo gerenciado e para saber o que devemos acompanhar, precisamos ter uma direção com base em uma estratégia clara de negócios. Assim, todas as áreas da empresa poderão direcionar os esforços para essa estratégia e acompanhar os indicadores que mensuram o progresso, evitando desperdiçar recursos empresariais em outras direções que não a real estratégia definida pela organização e aumentar os resultados e performance obtidos pela sua empresa.
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