Outsourcing e proteção de dados: cinco estratégias que toda empresa de tecnologia precisa considerar
Nos últimos anos, o modelo de trabalho em outsourcing tem ganhando cada vez mais defensores…
Nessa semana resolvi escrever sobre um conteúdo de inovação e criatividade, que aprendi com o Professor PhD Marcelo Carpilovsky, no MBA em Gestão Empresarial da FGV. A disciplina foi ministrada em 2015, mas o conteúdo continua muito atual.
Eu atuo no departamento de Inovação e nossa área fica responsável por resolver problemas globais. Ou seja, atuamos na concepção e criação de novos produtos que sejam escaláveis e que vão garantir a sustentabilidade da empresa no futuro. E, vejo muito do que vou falar no dia a dia, pois são conceitos que nos ajudam na prática cotidiana.
É comum ouvirmos dizer que as pessoas criativas são aquelas que têm muitas ideias originais. Mas de onde vêm essas ideias? Essa característica da originalidade é decorrente do pensamento divergente, que é aquele pensamento responsável pela geração de novas ideias e projetos e que é muito utilizado em brainstormings, em que quanto mais ideias, melhor é. É o pensamento criativo e, por isso, relacionado ao lado direito do cérebro.
As pessoas mais analíticas, por sua vez, aquelas pessoas mais lógicas, estas fazem uso de modo mais acentuado do lado esquerdo do cérebro, que é o lado responsável pelo pensamento convergente, que visa à relevância das ideias e a convergência para a melhor solução, aquela que tangibilize a eficiência e a eficácia.
Assim, no processo criativo é importante a soma da originalidade e da relevância. E, por isso, que se torna tão importante os lados direito e esquerdo do cérebro operando juntos. Neste interim, existem cinco fases do processo criativo, a saber: Identificação do Problema, Coleta de Informações, Geração de ideias, Verificação e Execução.
O processo criativo se inicia, em geral, a partir de um problema que precisa ser resolvido. Pode estar relacionado a um impasse, uma crise, oportunidade ou desafio. Exemplos: como tornar funcionários mais motivados, quais outros nichos de mercado podemos atuar etc. Neste sentido, uma habilidade importante para se identificar problemas chama-se sensibilidade para problemas, compreendida como a capacidade de ver defeitos em situações nas quais usualmente não são percebidos.
Tendo identificado um problema a ser resolvido, o próximo passo consiste em coletar informações, as quais podem ser específicas ou gerais. Tem-se informações específicas quando estas se relacionam diretamente com o objeto ou assunto no qual se busca ser criativo. E, gerais, quando aparentemente não guardam relação com o assunto em foco. Se os conhecimentos específicos fornecem a base conceitual, a partir da qual se pode desenvolver uma prática ou teoria, são os conhecimentos genéricos, por sua vez, que trazem elementos novos, a partir dos quais pode-se gerar novas combinações. E quanto mais materiais de naturezas diversas tivermos acesso, maiores serão as chances de gerarmos ideias criativas. A partir das informações coletadas – ou mesmo durante a coleta – passa-se à geração de ideias.
Nessa fase, busca-se gerar ideias. A mente realiza experimentos sobre os dados coletados. O indivíduo utiliza o pensamento divergente, procura questionar pressupostos, realizar novas conexões, propor redefinições. Seu objetivo é criar alternativas, de forma que, dentre elas, surja uma ideia de qualidade, original e apropriada. Aplica-se nessa fase técnicas como o brainstorming.
Em seguida, tem-se a fase de verificação, que é o período em que a validade da ideia é testada. O pensamento convergente, analítico, entra em ação e o potencial da nova ideia é avaliado. Questiona-se se a ideia é realmente boa, se é viável, se trará retorno e se é o momento para sua implantação.
Por fim, tem-se a fase de execução. Nesse instante, o indivíduo precisa de muita dedicação e força de vontade para vencer os obstáculos, desde a falta de recursos até a resistência que frequentemente se formam ao redor do novo. A partir da consciência das reais possibilidades de sucesso, a pessoa se torna segura de que vale a pena lutar pela sua concretização.
Outro aspecto crítico diz respeito ao entendimento de que as boas ideias não se impõem por si próprias, ou seja, as ideias precisam ser vendidas. Transformar boas ideias em invenções sólidas exige que as ideias sejam convertidas de esquemas de possibilidades, em algo que os investidores consigam enxergar valor. Muitas vezes, grandes ideias deixam de ser aproveitadas porque seus proponentes não conseguem elaborar um quadro suficientemente convincente do potencial de inovações nelas contido. Um bom caminho é observar se a ideia é escalável, ou seja, passível de ser replicada, produzida em massa. Ideias escaláveis têm a oportunidade de serem aceleradas por projetos como o EVOA.
É importante não apenas usar a criatividade na geração de uma ideia, mas também em sua venda. E, como em qualquer outra venda, deve-se estar aberto para negociar parâmetros com as diversas partes envolvidas. É necessário que seja dada especial atenção à equipe que vai executá-la, esclarecendo a sua importância e o seu significado. Pois, funcionários motivados aumentam as chances de sucesso de um novo empreendimento.
Assim, a partir de problemas que precisam ser resolvidos entram em ação os pensamentos divergente (na busca de possibilidades criativas de soluções) e convergente (para escolha da melhor solução), sendo que ambos se complementam na soma da originalidade e relevância, respectivamente. Para fechar, gostaria de deixar a frase de Marxwell Maltz como reflexão: “a vida está cheia de desafios que, se aproveitados de forma criativa, transformam-se em oportunidades”.
Aquele momento que você está fazendo um trabalho de faculdade e tromba com um texto de ex-colega de trabalho…. Artigo Show, me ajudou muito!