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A cultura empresarial como metaverso particular
Definir o termo cultura é um trabalho difícil para todos. Por ser adaptável conforme o espaço e tempo, salienta-se sua transacionalidade conceitual, isso porque há vários significados, como para a agricultura é um, para a biologia é outro, para a filosofia mais um e assim por diante. Mas todas tem em comum o sentido de crescer. Crescemos quando entendemos o que somos. Crescemos quando encontramos nossos semelhantes. Crescemos quando percebemos no que somos bons. Crescemos quando entendemos nossas competências e a usamos para o bem. Ou seja, ao identificar nossa própria cultura e o valor que ela tem, crescemos.
Esse olhar é semelhante na importância quando se fala em cultura organizacional ou culture code, que seria o código de cultura interno. Uma pesquisa realizada pela Universidade Duke, por exemplo, com mais de 5 mil executivos americanos e europeus, apontou que a maioria deles, 90%, entende que pensar em cultura é importante para o crescimento dos negócios e que isso impulsiona os bons resultados.
A percepção de que esses valores não foram construídos, mas sim ganharam nome, é o primeiro fator de estruturação. No Grupo DB1, são 20 anos da construção de um nome na história no mercado de tecnologia da informação e desenvolvimento de software que foram agregados em uma estrutura única, singular e superior. A difusão interna de um código de cultura nos colocou em um posicionamento bom e exemplar, no que tange ao assunto.
Mas como foi feito? Qual o segredo do sucesso? Steps to the light. Na tradução ao pé da letra, Passos para luz. Dentro do Grupo DB1 temos a função de ajudar os colaboradores a identificar sua luz interna, o que a simboliza, e ajudamos a encontrá-la e entendê-la. Sob os pilares: Be fair, do right, don’t hide; Do awesome things; Locus of control; You matter; Team Spirit; Energy e To infinity and beyond, o culture code resume e extrai aquilo que há de melhor em nós e, consequentemente, como isso nos ajuda a ganhar dinheiro.
Be fair, Do right, Don’t hide, é agir com ética e transparência. É ser justo e construir sua credibilidade e confiança. Do awesome things? Entrega de valor. O que fizer, faça com qualidade e excelência. Com o Locus of Control, empondere-se. Comprometa-se. Tenha autonomia para trabalhar, mas assumindo as suas responsabilidades e as responsabilidades pelo todo, identificando que você tem influência direta pelo que está a sua volta. You matter é sobre valorização das pessoas. Sobre desenvolver o seu eu profissional e humano. Team Spirit? Que tal trabalharmos orientados à missão? Ser amigo, camarada e sempre com feebacks do seu trabalho. Energy, até porque aqui sua intensidade conta muito, para se fazer resiliente e, o principal, te permitir curtir toda a jornada. E To infinity and beyond, pois a meta é evoluir, sempre reconhecendo que errar faz parte e que um problema pode ser uma bela oportunidade.
Isso quer dizer que o nosso código de cultura sempre existiu, ele sempre fez parte de quem somos desde o momento inicial. O que mudou, para gente, foi perceber que criar um culture code de fato nos permitiu elencar o que temos de melhor e o que podemos desenvolver dentro de uma relação saudável. Isso também nos permite escolher trabalhar com quem entende ou bate com nossa sintonia. Faz sentido? Essa é uma pergunta que sempre vai ter por aqui. Se faz sentido para nós e para os nossos clientes, avançamos.
Mas como manter viva a cultura organizacional dentro de uma empresa? No Grupo DB1, a receita é constância e feedback. Internamente, isso pode ser medido ou ofertado por meio de sistema de apadrinhamento, permitindo assim a evolução conjunta, o repasse de informações e uma mentoria que reflete na formação profissional; PDI, o famoso Plano de Desenvolvimento Individual, capaz de permitir ao colaborador o reconhecimento da necessidade de uma evolução técnica e pessoal, conforme o que tem alinhado para sua vida; análises de desempenhos; feedbacks constantes e até aquela festa de final de ano, que pode não parecer, mas agrega na relação e na vontade de um colaborar entregar a sua melhor versão.
Se basear no que as pessoas têm de melhor a oferecer é o exercício básico para treinamento da cultura organizacional. E essa é uma avaliação que pode ser feita desde o processo de admissão. Sabe aquele fit cultural que tantos falam? Ele deixa de ser um relatório a se preencher e passa a ser o reconhecimento do que há de bom nas pessoas e como elas podem ajudar. O porquê de ser tão forte no case DB1 é a formação diária, que só quem faz parte vai entender e perceber o quanto existe essa força que nos impulsiona.
A identificação cultural não se resume a um processo interno. Afinal, sua empresa tem um motivo, tem um público-alvo e no final das contas, tem o propósito de vender soluções, seja um serviço, um produto ou uma informação. A própria adequação do posicionamento da DB1 como um grupo especialista nos ecossistemas de E-commerce, Fintechs e Transformação Digital faz parte dessa evolução contínua e autoentendimento englobados no pilar To infinity and beyond.
Falando em pilares de cultura, para ir ao infinito e além não pode ter medo de errar. Comercialmente falando, o papel de uma empresa também é tentar cativar seu cliente com a cultura organizacional utilizada e trazer o porquê contratar e o porquê internamente funciona e pra ele também vai fazer sentido. Pois nossos valores não se resumem às relações, mas eles estão em cada etapa de trabalho. Até porque, para dar certo, no negócio não deve haver uma separação entre o seu cliente e equipe a corporativa da sua empresa. Todos são um só, em busca de um mesmo resultado, mesmo que com alguns interesses que divergem, mas se encontram e refletem no resultado de uma boa parceria.
Então, a todo momento você vai perceber o Grupo DB1 se posicionando dessa forma: levando um pouco da cultura. E é isso o que acreditamos que funciona na prática. Dentre os pilares que formará seu culture code, há também o processo que te permitirá ter a proximidade exata com seu cliente, para comparar processos, negociar novas práticas, repensar modelos, participar de todos os tramites, enfim, dar uma opinião diferente. É a liberdade de dizer: “não vamos fazer assim porque lá na frente vai dar pau”.
Com a mistura de Locus of control e Do awesome things está a oportunidade de mostrar o diferencial e assumir a responsabilidade. “Eu me responsabilizo pela entrega”. Esse é o pulo do gato: você não ter medo de fazer intervenções e persuasões responsáveis, que provocam negociações importantes para os clientes. Isso gera resultados e você tem a capacidade de abrir a cabeça das pessoas para o novo. E com cases e expertise, fica mais fácil fazer isso.
Mas vamos à prática disso tudo, pensando no mercado. Tem muito cliente que quer mudar de Scrum para o Kanban, por exemplo, porque ele lê em algum lugar que é legal e pensa que isso vai fazer sentido para ele. Mas a mudança de um processo também precisa estar alinhada com o nível de maturidade que o time tem que estar, pensando no entendimento do próprio papel na linha de produção. Não é simples cuidar. “Ah, mas precisamos trocar porque o futuro é pra lá”. Ok, mas você está preparado para isso? É a melhor hora? Existem algumas ferramentas, rodas de agilidade, que exigem um nível de maturidade da equipe. E ainda temos que pensar que muitos dos nossos clientes não são especialistas no ramo. E-commerces, saneamento, agronegócio, são exemplos em que o produto não é a tecnologia de fato, mas sim o meio. Como na BRK Ambiental, Plaenge, Kyani, Senac, Brainstorm Academy, Biolab Sanus e Sancor.
É fácil ganhar o dinheiro do cliente e fazer o que ele está querendo. Mas mais que dinheiro, queremos a confiança e credibilidade. Isso é ser Be fair, do right, don’t hide. Agir com transparência. Quando o Grupo DB1 fala em ser uma empresa para durar gerações também é sobre passar gerações ajudando seus clientes. É dessa forma que acreditamos que deve ser e que a coisa funciona.
Mas o que tudo isso tem a ver com metaverso? Se esse novo conceito de mundo tecnológico vem com a ideia de unir o físico com o digital e permitir que um seja a extensão do outro, faça da sua cultura o seu metaverso particular. Afinal, se sua motivação mercadológica não é trazer o seu cliente pra perto de você e fazer da sua empresa uma extensão de soluções para o mundo dele, vamos ter que voltar do início.
Mateus Hernandes Rodrigues
Head de Operações internacionais
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